As apostas esportivas, um dos setores em maior crescimento na economia digital, estão no centro de um debate importante sobre tributação no Brasil. Projeções recentes feitas pelas principais empresas do setor, conhecidas como bets, indicam que uma taxa maior sobre as apostas pode resultar em perdas de até três bilhões de reais para o governo. Esse cenário controverso acende um alerta sobre os impactos que a política tributária pode causar no desenvolvimento e na arrecadação do mercado.
De acordo com as bets, a elevação da alíquota tributária sobre as apostas pode desestimular os consumidores e os operadores a manterem suas atividades no mercado formal. Isso porque um aumento excessivo dos impostos pode elevar o custo das apostas para os usuários, tornando o segmento menos atrativo. Com menos movimentação financeira, a arrecadação total do governo pode, paradoxalmente, diminuir, evidenciando que a alta tributação pode não ser a melhor estratégia para o setor.
Outro ponto destacado pelas bets é o crescimento do mercado informal, que tende a prosperar diante da alta tributação. Quando a carga tributária se torna proibitiva, muitas operações migrariam para plataformas ilegais e não regulamentadas, dificultando a fiscalização e comprometendo a segurança dos apostadores. A consequência direta seria a perda de receita para o governo e o aumento dos riscos associados ao jogo irregular, o que reforça a preocupação das bets em relação às mudanças na legislação tributária.
Além disso, as bets argumentam que a sustentabilidade econômica do setor está diretamente ligada a uma tributação equilibrada e competitiva em comparação a outros países. Mercados internacionais de apostas esportivas mostram que taxas moderadas favorecem o crescimento saudável do setor e atraem investimentos estrangeiros. O Brasil, para se destacar nesse cenário, precisa estruturar uma política fiscal que permita a expansão das bets, garantindo emprego, inovação e retorno financeiro para o Estado.
No aspecto econômico, as bets alertam para o impacto que a alta tributação pode ter no ecossistema das apostas esportivas, incluindo fornecedores de tecnologia, canais de marketing e pequenos operadores locais. O setor movimenta bilhões de reais e envolve uma cadeia complexa, e uma taxação exagerada pode enfraquecer essa rede de negócios, prejudicando o crescimento do mercado e limitando a geração de empregos no segmento das apostas.
Outro fator crucial apontado pelas bets é a importância da regulamentação clara e estável para atrair investimentos e garantir a arrecadação. A instabilidade nas regras tributárias gera insegurança jurídica e afasta operadores do mercado formal. As bets reforçam que um ambiente regulatório transparente, com taxas justas, é essencial para que o setor se desenvolva de maneira sustentável e contribua de forma significativa para a economia brasileira.
No debate sobre a tributação das apostas, é necessário também considerar os benefícios sociais que podem ser captados com a receita gerada. O governo pode direcionar parte dos recursos provenientes das apostas para programas sociais, esportivos e educacionais, criando um ciclo positivo para a sociedade. Contudo, para que isso aconteça, o setor precisa ser incentivado e não penalizado por impostos elevados que inviabilizem a atividade das bets.
Por fim, as projeções feitas pelas bets mostram que a definição da política tributária para as apostas esportivas é um tema estratégico para o futuro do mercado no Brasil. O equilíbrio entre arrecadação, incentivo ao crescimento e combate ao jogo ilegal deve nortear as decisões do governo. Evitar a perda bilionária projetada passa por uma taxação justa, que favoreça a sustentabilidade das apostas e potencialize os ganhos econômicos e sociais gerados por esse segmento em expansão.
Autor: Galuca Mnemth