As restrições à propaganda de apostas esportivas vêm ganhando força no Brasil, refletindo uma preocupação crescente com os impactos sociais e econômicos dessa modalidade de entretenimento. Recentemente, o Senado aprovou um projeto de lei que visa limitar a publicidade das chamadas bets, buscando proteger públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes, e estabelecer regras claras para a promoção dessas apostas. Essas restrições à propaganda de apostas esportivas representam um marco importante para o setor, que até então desfrutava de grande liberdade para divulgar seus produtos.
O projeto aprovado pelo Senado proíbe o uso da imagem de atletas, artistas, influenciadores e autoridades em anúncios relacionados às apostas esportivas. Essa medida nas restrições à propaganda de apostas esportivas é fundamental para evitar que figuras públicas incentivem a prática de jogos de azar, reduzindo o apelo entre os jovens e pessoas suscetíveis à dependência. Além disso, a legislação impede ações que apresentem as apostas como soluções financeiras, alternativas de emprego ou fontes garantidas de renda, limitando o conteúdo que pode ser exibido em campanhas publicitárias.
Outro ponto relevante das restrições à propaganda de apostas esportivas é a proibição do patrocínio de árbitros e juízes, além do uso de recursos audiovisuais que possam atrair o público infantojuvenil, como mascotes e personagens animados. Essa proteção reforça o compromisso do Estado em preservar a integridade dos esportes e evitar a exposição precoce das apostas para menores de idade. As limitações também abrangem a veiculação de odds em tempo real durante transmissões ao vivo, restringindo a divulgação dinâmica desses dados para canais oficiais das operadoras.
As restrições à propaganda de apostas esportivas contemplam ainda regras específicas para horários e meios de divulgação. Por exemplo, na TV aberta e por assinatura, a publicidade está autorizada apenas entre as 19h30 e meia-noite, enquanto no rádio, os intervalos são limitados a períodos determinados. A legislação também impede o impulsionamento de conteúdos fora dos horários permitidos, mesmo em plataformas digitais, garantindo maior controle sobre a exposição dessas mensagens. Essas medidas visam reduzir a onipresença das apostas na mídia e evitar sua banalização.
Apesar das limitações, o projeto mantém algumas permissões importantes para o mercado de apostas esportivas. A publicidade estática em estádios e praças esportivas permanece autorizada para patrocinadores oficiais de eventos e equipes, respeitando a restrição para atletas menores de 18 anos. Além disso, as marcas podem continuar a patrocinar eventos culturais, esportivos e jornalísticos, desde que a veiculação seja feita sem mensagens promocionais explícitas. Essa flexibilização busca equilibrar os interesses comerciais com a responsabilidade social.
As restrições à propaganda de apostas esportivas também estabelecem a obrigatoriedade de alertas sobre os riscos do jogo, com mensagens claras destacando que as apostas podem causar dependência e prejuízos familiares. A inclusão desses avisos nas peças publicitárias tem como objetivo aumentar a conscientização do público e incentivar o jogo responsável. A regulamentação dessa comunicação preventiva é um avanço significativo para a proteção dos consumidores e para a construção de um mercado mais transparente.
O impacto das restrições à propaganda de apostas esportivas deve ser sentido em todo o setor, afetando a forma como operadoras e patrocinadores planejam suas estratégias de marketing. Com o novo cenário, espera-se uma redução da influência das apostas na vida cotidiana da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. Ao mesmo tempo, o projeto estimula a profissionalização e a regulamentação do mercado, alinhando-o às melhores práticas internacionais e às demandas da sociedade brasileira.
Em resumo, as restrições à propaganda de apostas esportivas no Brasil representam uma mudança profunda, que busca preservar o interesse público sem prejudicar o crescimento do setor. A legislação aprovada pelo Senado mostra um compromisso em limitar os efeitos negativos das apostas, equilibrando a promoção comercial com a responsabilidade social. O avanço dessa pauta será fundamental para garantir que o mercado evolua de forma sustentável e segura para todos os envolvidos.
Autor: Galuca Mnemth